No cenário global contemporâneo, a tecnologia tem se consolidado como fator decisivo para o sucesso das organizações. A digitalização não se limita à mera implantação de sistemas ou aplicativos, mas rege uma transformação profunda na forma como processos são concebidos e geridos.
Em especial, a gestão de portfólios institucionais ganha um novo patamar ao incorporar ferramentas digitais que promovem maior transparência, controle e alinhamento estratégico dos projetos e serviços oferecidos.
Adoção de tecnologias digitais para automatizar representa a essência da digitalização. Ela envolve a integração de plataformas, a utilização de dados em tempo real e a adaptação contínua dos processos internos para reduzir falhas e aumentar a agilidade.
Por sua vez, a gestão de portfólios institucionais com foco estratégico consiste em agrupar e priorizar iniciativas, projetos e ativos de acordo com a missão organizacional, alocando recursos de forma otimizada para maximizar resultados e impactar positivamente a sociedade.
Em março de 2025, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) firmou Planos de Transformação Digital com 11 órgãos federais, impulsionando efetivamente a modernização do governo digital no Brasil.
Esses planos são personalizados para cada entidade, promovendo serviços mais inteligentes e acessíveis à população e alinhando-se às estratégias nacionais de governo digital (ENGD e EFGD). A iniciativa visa reduzir burocracia, aumentar a eficiência e garantir que cada projeto esteja em consonância com prioridades institucionais.
A consolidação de portfólios digitais oferece ganhos significativos em diversas dimensões, tais como eficiência, transparência e sustentabilidade. A seguir, destacam-se algumas das principais vantagens:
O Laboratório de Inovação em Logística Pública de São Paulo (LILP) estruturou, para 2025, um portfólio robusto de produtos digitais. Entre eles destacam-se a Biblioteca Digital de Logística Pública, que centraliza estudos e dados; parcerias técnicas voltadas a inovações em análise de dados e automação; e o uso de ferramentas de inteligência artificial para otimizar processos, reduzir custos e monitorar indicadores de desempenho.
Em paralelo, os portfólios de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) são organizados com base em comitês de governança digital que aprovam, revisam e atualizam iniciativas periodicamente. Um exemplo recente é o portfólio aprovado em abril de 2025 referente ao Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (PDTIC 2022-2026).
Apesar dos benefícios evidentes, a transição para portfólios digitais enfrenta obstáculos que exigem planejamento e dedicação:
Superar esses desafios envolve investir em treinamento, promover comunicação interna clara e estabelecer políticas de segurança robustas.
Observa-se um movimento crescente em direção a portfólios híbridos de projetos físicos e digitais, permitindo que iniciativas presenciais sejam monitoradas e geridas por meio de painéis digitais integrados.
Além disso, a adoção de inteligência artificial, automação e análise quantitativa de riscos tem se mostrado crucial para tomada de decisão baseada em dados, minimizando incertezas e antecipando cenários críticos.
Parcerias com universidades, laboratórios de inovação e outros atores do ecossistema tecnológico promovem parcerias com universidades e laboratórios de inovação que garantem a atualização constante de metodologias, frameworks e boas práticas internacionais.
Em um mundo cada vez mais dinâmico e conectado, a transformação digital e valorização do capital humano caminham lado a lado. As instituições que investem em portfólios digitais não apenas elevam sua eficiência, mas também fortalecem a confiança de cidadãos e stakeholders.
Para avançar com segurança, é fundamental consolidar uma cultura digital, estabelecer governança clara e manter o foco na entrega de valor público e social. O futuro da gestão institucional está nas mãos de quem se adapta com agilidade, inovação e responsabilidade.
Referências