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O setor bancário brasileiro, em constante transformação, viveu um 1º trimestre de 2025 repleto de nuances. Enquanto alguns indicadores apontam crescimento das carteiras de crédito, outros evidenciam pressões nas operações tradicionais. Diversos fatores, como a implementação da resolução nº 4.966, mudaram o jogo para grandes instituições e fintechs.
A seguir, analisamos em detalhes como essa nova fase regulatória impactou o desempenho dos bancos, o ambiente competitivo e as perspectivas para o restante do ano.
Em 2025, o setor bancário apresentou resultados mesclados. De um lado, a carteira de crédito cresceu de forma consistente; de outro, houve desafios relacionados à qualidade de ativos e margens financeiras. O ambiente macroeconômico global, conforme relatório da Deloitte, aponta para um crescimento econômico modesto e expectativa de redução gradual das taxas de juros.
No Brasil, as instituições enfrentam a necessidade de equilíbrio entre inovação e eficiência operacional para assegurar um crescimento sustentável em meio a um ambiente regulatório mais rígido.
Os dados de performance demonstram como cada player reagiu às mudanças recentes:
O Banco do Brasil, apesar do maior crescimento da carteira de crédito, sofreu com deterioração de ativos e margens reduzidas. Já o Itaú destacou-se pela alta rentabilidade (ROE de 22,5%), mantendo sua posição de liderança no setor.
A resolução nº 4.966 trouxe novas regras de provisionamento, elevando os níveis de reservas contra perdas e reduzindo o apetite ao risco na concessão de crédito. O resultado imediato foi uma postura mais cautelosa das instituições, que passaram a rever suas projeções de lucro para 2025.
Em comparação internacional, recomendações da União Europeia sugerem maior promoção de competição e uso de instrumentos regulatórios que equilibrem proteção ao consumidor, inovação e eficiência.
Enquanto os bancos tradicionais ajustam suas carteiras, fintechs e empresas de pagamentos ganharam espaço. PagBank e Stone mostraram forte desempenho, diversificando receitas e atraindo novos clientes.
Esse movimento demonstra como o setor se tornou mais dinâmico, mesmo sob o peso de juros elevados e maior rigidez regulatória.
O ajuste em busca de eficiência teve um impacto direto no quadro de funcionários. No 1º trimestre de 2025, 1.197 vagas foram eliminadas, um aumento de 67,8% em relação ao mesmo período de 2024. Em doze meses, o setor cortou 7.473 postos, com a CEF respondendo por 2.901 desligamentos via PDV.
Apesar de justificarem as demissões como uma busca por eficiência operacional, os bancos enfrentam críticas quanto ao compromisso social e à manutenção de empregos em comunidades onde atuam.
Para consolidar um ciclo de crescimento sustentável, as instituições precisam investir em inovação e controle de custos. Destacam-se as seguintes prioridades:
O cenário cauteloso deve permanecer enquanto vigorarem taxas de juros elevadas e maior rigidez regulatória. Bancos que conseguirem inovar, diversificar receitas e controlar custos estarão melhor posicionados para aproveitar oportunidades em 2025.
Em suma, a performance do setor bancário após as mudanças regulatórias revela um setor em transição. Entre desafios e oportunidades, a trajetória a seguir dependerá da capacidade das instituições de equilibrar risco, inovação e compromisso social, garantindo, acima de tudo, um serviço de qualidade aos clientes e à sociedade.
Referências
