Em um cenário altamente conectado, onde promoções surgem a cada clique, entender o poder da pesquisa antes de comprar tornou-se indispensável para quem busca equilíbrio financeiro e satisfação real.
Segundo dados da CNDL/SPC Brasil, mais da metade dos consumidores brasileiros admitem realizar compras por impulso ao navegar na internet: 51% confessam que às vezes compram sem planejar, e 9% declaram que isso acontece com frequência.
Os principais gatilhos para essas compras imediatas são inúmeros estímulos digitais, organizados na tabela a seguir:
Entre os itens adquiridos sem planejamento, moda e vestuário lideram o ranking, revelando uma atração maior por tendências e peças de apelo visual.
Apesar do varejo brasileiro ter registrado 5,5% de alta em 2024, impulsionado por empregos e crédito acessível, nota-se uma transformação no hábito de compra. Para 2025, já se observa um perfil mais cauteloso, com ênfase em escolhas calculadas.
Apenas 12,3% dos consumidores afirmam praticar compras frequentes por impulso, indicando uma busca por maior racionalidade e controle dos gastos diante das incertezas econômicas.
O comércio eletrônico brasileiro alcançou R$ 204,3 bilhões em faturamento no ano de 2024, uma marca significativa que reflete a confiança dos consumidores nas transações online.
Para 2025, espera-se avanço ainda maior, conduzido pelo fortalecimento de meios de pagamento digitais como o Pix, além de estratégias como cupons, frete grátis e a influência de redes sociais — especialmente o TikTok — no processo de decisão.
Compras não planejadas podem resultar em gastos que podem comprometer o orçamento, levando ao acúmulo de itens desnecessários e à frustração pós-compra, quando a expectativa não corresponde à realidade.
O excesso de ofertas e estímulos digitais dificulta o autocontrole, pois cria um senso de urgência artificial, levado em conta pela psicologia do consumidor para acionar decisões rápidas e emocionais.
Em um ambiente de inflação e economia incerta, este comportamento impacta diretamente a saúde financeira, podendo atrasar investimentos, aumentar o endividamento e reduzir a capacidade de poupança.
Adotar o hábito de pesquisa prévia traz benefícios a curto e longo prazo, garantindo escolhas mais acertadas e menores riscos de arrependimento.
Para transformar a intenção consciente em hábito, algumas estratégias simples podem ser implementadas no dia a dia:
Espera-se que o consumidor brasileiro alcance maior maturidade nas decisões de consumo, valorizando clareza de informações e benefícios reais em vez de ofertas pontuais.
Para os varejistas, o desafio será adaptar-se a esse novo perfil, investindo em transparência e reforçando a confiança para manter o interesse de um público cada vez mais criterioso.
A pesquisa consciente antes de comprar não é apenas uma recomendação, mas uma prática essencial para proteger o orçamento, reduzir o desperdício e maximizar o valor de cada aquisição. Com planejamento e informação, é possível desfrutar das vantagens do comércio sem cair nas armadilhas do consumo por impulso.
Referências