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Evite depender do cartão de crédito para despesas cotidianas

Evite depender do cartão de crédito para despesas cotidianas

26/04/2025 - 19:51
Robert Ruan
Evite depender do cartão de crédito para despesas cotidianas

Em um país onde o cartão de crédito se tornou sinônimo de praticidade, muitos brasileiros acabam integrando essa ferramenta em todas as esferas do dia a dia. Embora seja tentador contar com o limite rotativo para despesas inesperadas, essa escolha pode gerar um ciclo de dívidas difícil de interromper. Neste artigo, exploramos dados, riscos e caminhos para adotar hábitos mais saudáveis e manter o equilíbrio financeiro.

O panorama do uso de cartão de crédito no Brasil

No primeiro trimestre de 2025, as transações com cartão de crédito somaram R$ 721,1 bilhões, refletindo um crescimento de 13,5% sobre o período anterior. Foram 5,1 bilhões de operações, alta de 9,6%, o dobro do cartão de débito e muito à frente dos modelos pré-pagos.

Segundo especialistas, esse aumento se deve ao fácil acesso ao crédito e à inclusão financeira, aliado ao desejo por compras imediatas. Com mais de 130 milhões de estabelecimentos aceitando cartões, essa forma de pagamento domina o mercado e impulsiona o consumo no Brasil.

Riscos e consequências da dependência

O lado obscuro dessa prática está nos juros: em maio de 2025, a taxa média do crédito rotativo alcançou 449,9% ao ano. Esse patamar faz do cartão a dívida mais cara à disposição do consumidor comum.

O juros rotativos acima de 449% ao ano criam um ciclo de endividamento que se agrava a cada fatura não paga integralmente. A combinação de crédito fácil, falta de planejamento e publicidade agressiva e consumo impulsivo é caminho certo para o sobre-endividamento e perda de qualidade de vida.

O sobre-endividamento é definido como a impossibilidade de cumprir obrigações financeiras atuais e futuras, levando à restrição de serviços essenciais, humilhação social e até à perda da cidadania econômica.

Alternativas saudáveis de gestão financeira

Para se proteger dos custos exorbitantes do rotativo, considere opções que tragam mais controle:

  • Cartão de débito: débito imediato da conta corrente, permite acompanhar os gastos em tempo real.
  • Cartão pré-pago: exige carregamento antecipado de saldo, limita gastos conforme o orçamento.
  • Orçamento doméstico: listar despesas, priorizar necessidades e evitar compras por impulso.

Em paralelo, invista em programas e conteúdos de educação financeira para entender melhor juros, taxas e planejamento orçamentário.

Dicas práticas para manter o equilíbrio financeiro

  • Use o cartão de crédito apenas para compras planejadas ou emergências, jamais como “tábua de salvação”.
  • Antes de cada compra, verifique saldo e fluxo de caixa para evitar surpresas.
  • Defina um orçamento mensal e categorize despesas em essenciais e supérfluas.
  • Utilize aplicativos de controle financeiro para registrar gastos em tempo real.
  • Caso enfrente dificuldades, procure renegociar dívidas ou buscar orientação de especialistas.

Adotar hábitos conscientes não significa abrir mão de conveniência, mas sim priorizar gestão financeira doméstica saudável e equilibrada. Com disciplina, você reduz a dependência do crédito fácil e constrói uma base sólida para suas finanças.

Ao entender os riscos e alternativas ao rotativo, cada pessoa resgata autonomia e projeta um futuro com menos ansiedade e mais qualidade de vida. Faça do controle financeiro uma prática diária e transforme sua relação com o dinheiro.

Robert Ruan

Sobre o Autor: Robert Ruan

Robert Ruan