Em um país onde o cartão de crédito se tornou sinônimo de praticidade, muitos brasileiros acabam integrando essa ferramenta em todas as esferas do dia a dia. Embora seja tentador contar com o limite rotativo para despesas inesperadas, essa escolha pode gerar um ciclo de dívidas difícil de interromper. Neste artigo, exploramos dados, riscos e caminhos para adotar hábitos mais saudáveis e manter o equilíbrio financeiro.
No primeiro trimestre de 2025, as transações com cartão de crédito somaram R$ 721,1 bilhões, refletindo um crescimento de 13,5% sobre o período anterior. Foram 5,1 bilhões de operações, alta de 9,6%, o dobro do cartão de débito e muito à frente dos modelos pré-pagos.
Segundo especialistas, esse aumento se deve ao fácil acesso ao crédito e à inclusão financeira, aliado ao desejo por compras imediatas. Com mais de 130 milhões de estabelecimentos aceitando cartões, essa forma de pagamento domina o mercado e impulsiona o consumo no Brasil.
O lado obscuro dessa prática está nos juros: em maio de 2025, a taxa média do crédito rotativo alcançou 449,9% ao ano. Esse patamar faz do cartão a dívida mais cara à disposição do consumidor comum.
O juros rotativos acima de 449% ao ano criam um ciclo de endividamento que se agrava a cada fatura não paga integralmente. A combinação de crédito fácil, falta de planejamento e publicidade agressiva e consumo impulsivo é caminho certo para o sobre-endividamento e perda de qualidade de vida.
O sobre-endividamento é definido como a impossibilidade de cumprir obrigações financeiras atuais e futuras, levando à restrição de serviços essenciais, humilhação social e até à perda da cidadania econômica.
Para se proteger dos custos exorbitantes do rotativo, considere opções que tragam mais controle:
Em paralelo, invista em programas e conteúdos de educação financeira para entender melhor juros, taxas e planejamento orçamentário.
Adotar hábitos conscientes não significa abrir mão de conveniência, mas sim priorizar gestão financeira doméstica saudável e equilibrada. Com disciplina, você reduz a dependência do crédito fácil e constrói uma base sólida para suas finanças.
Ao entender os riscos e alternativas ao rotativo, cada pessoa resgata autonomia e projeta um futuro com menos ansiedade e mais qualidade de vida. Faça do controle financeiro uma prática diária e transforme sua relação com o dinheiro.
Referências