Em um cenário econômico marcado por oscilações constantes, investir em produtos que oferecem preservação do poder de compra tornou-se essencial para quem deseja manter e expandir seu patrimônio ao longo do tempo. A inflação corrói lentamente o valor do dinheiro, e assumir uma postura proativa pode fazer toda a diferença na construção de um futuro financeiro seguro.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é a referência oficial para medir a inflação no Brasil. Em 2025, as projeções indicam que o indicador terminará o ano em torno de 5,46%, acima do teto de 4,5% estipulado pelo Banco Central.
Nos primeiros meses deste ano, os números já mostraram volatilidade: janeiro registrou alta de 0,15%, fevereiro teve um salto de 1,30% e, em março, o índice subiu 0,56%. Esses movimentos reforçam a necessidade de adotar ferramentas que garantam retorno real acima da inflação.
Quando a inflação sobe, o poder de compra diminui. Mesmo que a quantia em conta corrente ou em investimentos tradicionais aumente numericamente, o valor real que pode ser gasto cai. Produtos de renda fixa convencionais, como a poupança, muitas vezes não conseguem acompanhar esses índices, resultando em ganhos reais nulos ou negativos.
Imagine guardar recursos para um projeto futuro — como a educação dos filhos ou a aposentadoria — e perceber que, ao resgatar o investimento, a quantia não compra mais o mesmo bem ou serviço. É esse risco que torna imprescindível a alocação em ativos atrelados ao IPCA.
Investir em ativos que pagam IPCA mais uma taxa fixa é uma das estratégias mais eficientes para assegurar proteção financeira de longo prazo. Esses produtos oferecem a correção automática pela inflação, além de uma remuneração adicional, garantindo que seu capital cresça em termos reais.
Para reduzir riscos e aproveitar as oportunidades oferecidas pelos diferentes emissores e prazos, especialistas recomendam mesclar produtos atrelados ao IPCA com opções prefixadas e indexadas ao CDI. Assim, é possível obter diversificação inteligente da carteira, beneficiando-se das flutuações de mercado.
Um dos principais exemplos de sucesso no mercado de fundos imobiliários é o HGCR11, do Pátria Investimentos. Em 2025, cerca de 89% de seu portfólio estava alocado em papéis IPCA+ e apenas 11% em CDI. Esse posicionamento rendeu consistência de ganhos frente à inflação e contribuiu para que o fundo representasse 1,07% do IFIX, o índice de FIIs da B3.
ETF’s como IMAB11, IMBB11 e IB5M11 também oferecem exposição ao IPCA. A escolha entre eles dependerá de fatores como taxa de administração, liquidez diária e o perfil do investidor, mas todos trazem como base a correção inflacionária.
Produtos indexados ao IPCA são ferramentas poderosas para quem deseja manter o poder de compra do capital e obter proteção contra a inflação. No entanto, é fundamental analisar alguns pontos antes de investir:
Seguindo essas orientações e adotando uma postura proativa, você estará mais preparado para enfrentar períodos de alta inflação e alcançar seus objetivos financeiros, seja para a aposentadoria, a educação dos filhos ou a realização de sonhos.
Referências