Em março de 2025, o governo federal zerou as alíquotas de importação para nove produtos alimentícios essenciais, uma iniciativa que promete aumentar a oferta de alimentos no mercado nacional. Este artigo analisa o contexto da medida, seus objetivos, impactos previstos e oferece orientações práticas para consumidores e empresas aproveitarem ao máximo essa oportunidade.
A decisão, oficializada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), faz parte de um pacote de ações para conter a inflação no setor alimentício e garantir preços mais acessíveis ao consumidor. As alíquotas anteriores variavam de 7,2% a 32%, e o impacto fiscal estimado chega a R$ 650 milhões em um ano, valor que o governo considera necessário para reduzir o preço dos alimentos sem prazo definido de duração.
Entre os objetivos centrais da iniciativa estão:
A isenção atinge carnes, cereais, derivados e conservas que compõem o dia a dia das famílias brasileiras. A tabela a seguir detalha os códigos NCM e as alíquotas anteriores:
Para reforçar o impacto das isenções, o governo implementou outras ações complementares, visando fortalecer a segurança alimentar e estimular a produção nacional:
O governo sustenta que a medida terá efeito imediato sobre a oferta e, consequentemente, sobre os preços. No entanto, analistas destacam que a isenção pode beneficiar principalmente importadores e grandes redes varejistas, sem repasse automático ao consumidor final.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) aponta que a iniciativa não resolve gargalos logísticos e de produção interna. Segundo especialistas, sem investimentos paralelos na melhoria da cadeia produtiva, a queda de preços nas prateleiras pode ser tímida.
Para aproveitar plenamente essa fase de isenção, é fundamental adotar práticas inteligentes de seleção e negociação.
A despeito das expectativas, não existe garantia de que todo benefício chegue ao consumidor. O monitoramento constante dos preços e a pressão de órgãos de defesa são cruciais para evitar repasses insuficientes.
Além disso, recomenda-se ao poder público e ao setor privado:
Ao combinar políticas de longo prazo com medidas emergenciais, o Brasil pode consolidar avanços na segurança alimentar, reduzir desigualdades e oferecer um alívio real ao orçamento das famílias.
Inclua produtos com isenção de imposto quando possível e seja protagonista na busca por um mercado mais justo, dinâmico e acessível a todos.
Referências