O mercado de crédito consignado passa por uma transformação significativa. A inclusão de novos perfis de trabalhadores amplia o alcance dessa modalidade e gera oportunidades sem precedentes.
O crédito consignado é uma opção de empréstimo em que as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento ou benefício do contratante. Essa característica oferece redução expressiva do risco de inadimplência e permite taxas de juros inferiores a outras modalidades.
Historicamente, o público-alvo concentrava-se em aposentados, pensionistas do INSS e servidores públicos. No entanto, desde março de 2025, a legislação brasileira ampliou o acesso para novas categorias de trabalhadores formais.
A Medida Provisória nº 1.292/2025 decretou a inclusão de diversos segmentos no crédito consignado. Entre os beneficiados, destacam-se:
Essa expansão atende cerca de 47 milhões de trabalhadores formais. Estima-se que, nos próximos quatro anos, 25 milhões utilizem essa linha de crédito.
Até março de 2025, o crédito consignado privado registrou aproximadamente 3,8 milhões de contratos, movimentando mais de R$ 40 bilhões. Somente na primeira semana do programa Crédito do Trabalhador, foram emprestados R$ 1,28 bilhão.
O mercado de crédito brasileiro projeta crescimento de 9% em 2025, impulsionado pela queda na inadimplência e pela diversificação de produtos.
Para garantir a saúde financeira do tomador, a legislação estabelece regras claras:
A partir de abril de 2025, todas as instituições financeiras passaram a oferecer o consignado por meio de plataformas digitais. Essa mudança traz maior transparência e agilidade no processo.
Contratações por meio da Carteira de Trabalho Digital e aplicativos bancários permitem comparações em tempo real de taxas e prazos. O consumidor tem acesso a ofertas personalizadas e pode decidir com segurança.
Os trabalhadores que ingressam agora no consignado têm perfil mais jovem, digital e exigente. Buscam condições claras e flexíveis, além de prazos longos e taxas competitivas.
MEIs, domésticos e rurais, historicamente excluídos, passam a contar com uma alternativa de crédito mais acessível. A digitalização facilita a adesão mesmo para quem tem menor letramento financeiro.
Embora as taxas sejam reduzidas, o consignado pode resultar em comprometimento elevado da renda. A falta de planejamento pode levar ao endividamento crônico.
Para evitar problemas:
O segmento de crédito consignado tende a continuar crescendo. A inclusão de novos perfis, aliada à digitalização, deve incentivar a concorrência entre bancos e gerar ofertas cada vez mais atrativas.
Espera-se também o surgimento de regulamentações adicionais para reforçar a segurança do consumidor e promover educação financeira. Programas de orientação e ferramentas de gestão orçamentária podem se integrar às plataformas de contratação.
Além disso, o volume da carteira de crédito para famílias e empresas deve avançar, beneficiado por um cenário econômico de estabilização das taxas de juros e redução da inadimplência.
O crédito consignado se transforma para atender à diversidade do mercado de trabalho brasileiro. A legislação inclusiva e a adoção de processos digitais tornam essa modalidade mais acessível, segura e eficiente.
Para os trabalhadores, é oportunidade de obter recursos com juros baixos. Já para as instituições financeiras, é chance de conquistar novos clientes e diversificar a carteira. A chave para o sucesso está no equilíbrio: oferta responsável de crédito e educação financeira sólida.
Referências