A revisão sistemática de contratos não é apenas uma formalidade: é um mecanismo poderoso para garantir segurança jurídica para investidores e prevenir surpresas desagradáveis.
A cada novo ciclo econômico e regulatório, revisitar as cláusulas contratuais torna-se essencial. Fundos de investimento operam num ambiente dinâmico, com riscos, custos e responsabilidades que evoluem rapidamente.
Ao promover direito de revisão a qualquer tempo, gestores e consultores asseguram que acordos antigos não se tornem armadilhas financeiras. A adaptação pró-ativa fortalece a governança e demonstra transparência e responsabilidade mútua entre cotistas e administradores.
Ignorar a necessidade de reequilíbrio contratual pode gerar impactos significativos:
Essa combinação compromete não apenas o desempenho financeiro, mas também a credibilidade de quem administra os recursos.
Nem todo contrato precisa ser revisado no mesmo ritmo, mas alguns gatilhos pedidos merecem atenção imediata:
Em cada cenário, documentar e fundamentar o pedido de revisão é crucial para obter êxito em negociações ou em eventual disputa judicial.
A Resolução CVM nº 175 redefine responsabilidades entre administradores e gestores. Contratos firmados antes da vigência precisam ser ajustados até 30/06/2025, assegurando direitos adquiridos.
Para ilustrar prazos e obrigações, considere a seguinte tabela:
Esse mapeamento permite visualizar tarefas, responsáveis e prazos, além de apoiar mitigar riscos de litígios futuros e demonstrar diligência.
Um processo estruturado maximiza resultados e reduz atritos:
Cada etapa deve contar com relatórios e pareceres técnicos que justifiquem mudanças e assegurem atendimento às novas regras do mercado.
Contar com a assessoria de advogados especializados em direito societário e regulatório é fundamental. Profissionais qualificados podem:
• Explicar o alcance de cada cláusula;
• Conduzir negociações com embasamento legal;
• Propor medidas judiciais, se não houver acordo extrajudicial, incluindo pedidos de tutela provisória para suspensão imediata de cobranças abusivas.
Investir em sistemas de gestão contratual com alertas automáticos e controles de prazos auxilia na manutenção de um calendário de revisões.
Realizar revisões periódicas reforça a imagem de transparência e responsabilidade diante de cotistas e reguladores. A adoção de boas práticas contratuais:
• Aumenta a credibilidade dos gestores no mercado;
• Garante segurança jurídica e eficiência operacional;
• Facilita a prestação de contas em assembleias e auditorias externas.
Ao demonstrar comprometimento contínuo, as instituições consolidam relacionamentos e evitam surpresas, promovendo um ambiente de negócios mais seguro e sustentável.
Em suma, revisar contratos de fundos periodicamente não é apenas cumprimento normativo, mas sim uma estratégia de governança que agrega valor, protege direitos e fortalece a confiança de todos os envolvidos.
Referências